Oque é Design

Design (em alguns casos projeto ou projecto) é um esforço criativo relacionado à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefato. Esse esforço normalmente é orientado por uma intenção ou objetivo, ou para a solução de um problema.

Exemplos de coisas que se podem projetar incluem muitos tipos de objetos, como utensílios domésticos, vestimentas, máquinas, ambientes, e também imagens, como em peças gráficas, famílias de letras, livros, e (recentemente) interfaces de programas.

Design é também a profissão que projeta os artefatos. Existem diversas especializações, de acordo com o tipo de coisa a projetar. Atualmente as mais comuns são o design de produto, design gráfico, design de moda e o design de interiores. O profissional que trabalha na área de design é chamado de designer.

Finalmente, o design pode ser também uma qualidade daquilo que foi projetado.

O termo deriva, originalmente, de designare, palavra em latim, sendo mais tarde adaptado para o inglês design. Houve uma série de tentativas de tradução do termo, mas os possíveis nomes como projética industrial que acabaram em desuso.

Relações entre o design e a arte

O questionamento do caráter artístico do design é uma das questões que tradicionalmente mais preocupam os jovens que se deparam com os seus problemas conceituais pela primeira vez. A resposta mais simples à questão "o design é uma arte?" é "não": design não deve ser chamado de arte, considerando a forma como a história da arte moderna e contemporânea encara o design. Isso porque a partir do século XIX o termo "arte" ganhou um sentido ideológico ligado a uma produção material individualista e transcendente, enquanto que o design defendia uma atividade funcional que atendesse à sociedade. No século XIX novas necessidades sócio-económicas levaram a uma separação nas atividades ditas artísticas, havendo a partir daí uma diferenciação gradual, mas bastante evidente, entre designers e artistas plásticos.

É importante entendermos que "arte" não precisa ser um termo restritivo ligado a qualquer atividade profissional. E. H. Gombrich, famoso historiador de arte, procurava em sua obra não produzir uma leitura relativista da arte, daí a afirmar que "nada existe realmente a que se possa dar o nome de Arte". Ou seja, arte é um valor, e não um fenômeno da natureza. Qualquer coisa pode ser chamada de arte desde que alguém a considere assim, não precisa ter sido feito por um artista plástico, ou um designer.

Porém, outro historiador da mesma geração que a de Gombrich, o italiano Giulio Carlo Argan, propõe uma visão mais abrangente da arte moderna, entendendo-a como momento de reavaliação de si mesma em sua crise histórica, considerando aí os vários campos do design (como a arquitetura, o urbanismo e o design em si mesmo) como manifestações artísticas legítimas da modernidade. Vale ressaltar, porém, que com a reestruturação do consumo de massas no período pós-moderno, assim como junto de um processo de fetichismo acentuado da produção industrial, novas definições epistemológicas do design são necessárias, fatalmente afastando-o consideravelmente da arte contemporânea. Já o designer norte-americano Henry Dreyfuss procurava desenvolver um design voltado para a funcionalidade e segurança do produto.

Mas como a forma usual da palavra "arte" tem sido, muitas vezes, ideologicamente restritiva, não há interesse por parte dos designers de se sujeitarem às ideologias de outras áreas. Isso se deve ao facto de existirem várias ideologias que desvalorizam o design e a reprodução técnica.

O uso da palavra em outros contextos

Na filosofia o substantivo abstrato design refere-se a objetividade, propósito, ou teleologia. O conceito é bastante moderno, e se interpõe entre idéias clássicas de sujeito e objeto. O design é então oposto a criação arbitrária, sem objetivo ou de baixa complexidade.

Recentemente o termo passou a ser empregado em discussões religiosas, quando foi proposta uma lei que obrigaria as escolas americanas a apresentar o argumento do design inteligente como uma alternativa à teoria da seleção natural de Darwin. O argumento sustenta que alguns aspectos do universo e da vida são complexos demais ou perfeitos demais para se originarem sem uma inteligência criadora.

No Brasil, os desenhos industriais tem a proteção regulamentada na Lei 9.270/96 mais precisamente no art. 94. É importante ressaltar que deve ser um resultado visual novo para que tenha a referida proteção na legislação brasileira.

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